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O GANACIOSO CARNEIRO
GORDO
O
rebanho de ovelhas deixou
a
relativamente segura área ao redor da casa do fazendeiro e passou a
manhã caminhando em direção a uma ampla colina, onde frequentemente pastavam a
grama tenra e espessa que lá crescia. Havia um carneiro gordo
entre elas que quase nunca acompanhava o rebanho, andando por onde bem
entendia, balançando sua grande barriga para lá e para
cá.
Quando chegaram à colina verdejante,
as ovelhas, os carneiros e os cordeirinhos começaram a pastar
em relativo silêncio, com cuidado para escolher as plantas que
eles sabiam serem as mais saborosas. O carneiro gordo era tão
ganacioso que frequentemente tirava outra ovelha do caminho
para alcançar uma moita de grama verde especialmente tenra.
Enquanto as outras ovelhas ocasionalmente paravam para ruminar
e digerir adequadamente a comida, o carneiro gordo engolia e
engolia sem parar para nada.
Quando o sol começou a se esconder
atrás das colinas, com o anoitecer aproximando-se, o rebanho
de ovelhas virou-se na direção de casa e começou sua viagem de
volta aos campos dos arredores da casa do fazendeiro. Porém, o
carneiro gordo estava tão ocupado pastando que sequer percebeu
que os outros se foram.
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Sozinho, na colina verdejante, o carneiro
continuou comendo e comendo. Ele sequer ouviu a aproximação dos
lobos. E enquanto todas as ovelhas e carneiros descansavam seguros
na casa do fazendeiro, nove lobos devoravam o carneiro gordo no
jantar.
Como ocorre com as ovelhas, também ocorre com os
humanos... O homem tolo nunca sabe quando parar de comer.
(Hávamál Estrofe
21)
Tradução e versão:
Janaina O. Luna Kindred Sudris Oðir
Hrafnar São Paulo, Brasil. Contato: mane_maane@yahoo.com
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