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A VELHA CORUJA E A JOVEM RAPOSA 

Todos os animais da floresta e dos campos consideravam a Velha Coruja a mais sábia.  Acreditava-se que a Coruja, com seus grandes olhos e seus ouvidos, podia ver e ouvir tudo e, embora a Coruja falasse muito pouco, todos os outros animais comentavam o quão sábia e grande pensadora a Velha Coruja era. A Velha Coruja orgulhava-se muito do que os outros pensavam dela e fazia o máximo para promover essa crença em sua sabedoria.

Uma Jovem Raposa, que estava com urgente necessidade de conselho, ficou acordada depois do anoitecer e viu a Velha Coruja na floresta. Ao avistar os grandes olhos da Coruja no meio das árvores, a Jovem Raposa aproximou-se respeitosamente e fez várias perguntas a ela. Nenhuma das respostas da Velha Coruja fazia sentido; eram enigmas sem qualquer significado ou perguntas aleatórias que não tinham relação alguma com o que a Jovem Raposa precisava saber.

Assim, a Jovem Raposa aprendeu que aqueles que são tolos pensam que são sábios e demonstram ser idiotas quando são questionados.

(Hávamál, Estrofe 26)

Tradução e versão: Janaina O. Luna
Kindred Sudris Oðir Hrafnar
São Paulo, Brasil. Contato:
mane_maane@yahoo.com

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